As ações da Coinbase, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, atingiram um recorde histórico recentemente. Na manhã de sexta-feira, dia 18, os papéis da empresa estavam em alta de 0,41%, alcançando o valor de US$ 412,25. Esse crescimento representa uma valorização de 83% desde que a empresa fez sua oferta pública inicial (IPO) em 2021, quando as ações estavam avaliadas em US$ 250. Nos primeiros meses de 2025, as ações acumularam ganhos de 60%.
Logo no início do pregão, houve um momento em que os papéis subiram 5,3%, levando o preço a US$ 432,40. Apesar de essa alta ter perdido força ao longo do dia, o desempenho ainda é considerado positivo. Com esse aumento, a Coinbase alcançou um valor de mercado de US$ 100 bilhões, um marco significativo, especialmente no mesmo dia em que o Bitcoin (BTC) também atingiu sua máxima histórica. Essa novidade ajudou o aplicativo da Coinbase a retornar ao top 100 da App Store, um indicativo de que o interesse por criptomoedas continua crescendo.
Legislação e seus impactos
Essa valorização das ações acontece em um contexto agitado. Um dia antes, a Câmara dos EUA aprovou uma legislação importante para o setor de criptomoedas. A Lei GENIUS busca regulamentar o mercado de stablecoins, enquanto a Lei CLARITY esclarece quem é responsável por essas regulamentações.
A presidente da Coinbase, Emilie Choi, comentou sobre a forte participação bipartidária na Câmara. Ela destacou que essa é uma grande vitória para o domínio dos Estados Unidos na área de criptomoedas e inovação tecnológica.
Novidades na Coinbase
Na mesma semana, a Coinbase anunciou a renovação do seu aplicativo. Agora, ele se chama Base e visa ser um “super app”. O Base integra recursos como redes sociais, miniaplicativos e pagamentos instantâneos em USDC, tudo em uma única plataforma. Essa novidade se conecta à rede de Camada 2 que a Coinbase administra, construída sobre o Ethereum.
Analistas da Bernstein afirmaram que a Coinbase está diversificando seus investimentos em pagamentos ao consumidor e serviços financeiros. O aplicativo Base deverá atrair tanto clientes quanto empresas, permitindo a captura de depósitos e pagamentos em USDC.
Rendimentos em USDC
Com a nova plataforma, os usuários poderão deixar seus saldos em USDC rendendo a uma taxa atraente de 4% ao ano. Essa função pode facilitar a adoção da stablecoin por mais pessoas. A USDC, que é a segunda maior stablecoin atrelada ao dólar americano, é uma associação que traz dividendos significativos para a Coinbase, representando 15% de sua receita total. No mês de junho, a Coinbase também se destacou ao liderar os ganhos no S&P 500.
Entretanto, os pagamentos com stablecoins ainda vão precisar de algumas melhorias na experiência do usuário. A Bernstein observou que a nova Base tem potencial, mas ainda há pontos a serem aprimorados. A Circle, parceira da Coinbase, deverá auxiliar na expansão e distribuição do USDC, focando na liderança do mercado.
É empolgante ver a Coinbase se movendo nesse cenário dinâmico de criptomoedas. O aplicativo deles voltou a figurar entre os 100 principais na App Store, o que costuma sinalizar uma crescente demanda por criptomoedas entre os investidores.
